sábado, 2 de março de 2013

Modernização x Secularismo


“O tempo passa e as coisas mudam!“ Eis uma frase que tenho visto com cada vez maior frequência entre aqueles que professam ser cristãos. Mas quanto mais ouvimos essa frase, mais vemos as portas da igreja sendo abertas para o secularismo.
A grande desculpa para essa invasão mundana na igreja é que precisamos mudar para alcançar novos públicos, nos adaptar para levar um “evangelho atualizado” ao mundo, tornar o culto mais atrativo para o público! Com isso temos perdido o foco da adoração no culto, e tomado o agrado do homem como maior objetivo do culto ao invés do agrado de Deus.
Extremismo é outra cilada que satanás conseguiu introduzir em nosso meio para alcançar seus objetivos. Os que se tornam extremistas, semelhantemente aos fariseus, tornam o evangelho pesado, enfadonho e impessoal, arrancando a felicidade da vida cristã. Em contra partida os efeitos de uma vida extremista servem como argumento para que outros “afrouxem as rédeas” de tal forma fazerem as mais absurdas concessões para tornar o mesmo evangelho mais agradável e com isso perdem a essência da mensagem: “Temei a Deus e dai-lhe glória...” (Apoc. 14:7)
O que me motivou a escrever esse texto foi algo que presenciei num culto que assisti em uma IASD de João Pessoa. No momento da adoração infantil, ao invés tocarem aquela música já bem conhecida por todos nós (“Deixai vir a mim os pequeninos...”) inovaram com uma versão “remix” da música infantil “Meu Deus étão grande”

Confesso que tive vontade de me levantar e voltar para casa, tamanha minha indignação. Passei o restante da “adoração infantil” (aspas propositais) refletindo sobre a que ponto chegamos, e para onde estamos caminhando.
É bem sabido de todos nós que as crianças são o futuro da igreja, mas se estamos educando-as com esse tipo de música, o que podemos esperar do futuro? Culto-rave? Baladas gospel?
Concordo que muita coisa pode mudar com o tempo, mas quando conheci a IASD aprendi algo fundamental para poder coordenar essas mudanças: “Opiniões e gostos podem mudar, mas princípios nunca mudam!” Considero essa frase como um norte a ser seguido, pois se os princípios são firmemente gravados no coração e fazem parte do dia a dia guiando nossas decisões, não há nenhum problema em fazer mudanças. Infelizmente o que temos notado é que muitas mudanças feitas não tem os princípios como base, e com isso “a mensagem do advento á todo mundo em minha geração” deixa de ser o alvo.  O principal objetivo dessas mudanças não orientadas por princípios é agradar a criatura ao invés do Criador.  Por isso é comum ouvirmos frases como: “- Assim os jovens sentirão mais prazer em vir á Igreja, ou ao JA!”; “- Os hinos do hinário são para velho, muito lentos”!
Para quem aceita esse tipo irreverente de mudanças, aqueles que defendem a manutenção dos princípios são tidos como extremistas, antiquados e saudosistas. Não sou a favor de nenhum tipo de Extremismo, pois já provei dos dois venenos, o liberalismo e o conservadorismo. Hoje creio que as mudanças não devem ser de imediato desprezadas, porém antes de serem aceitas e introduzidas no culto ao Senhor devem passar pelo crivo dos princípios bíblicos, consultando-se dessa forma a Deus, o alvo de nosso serviço e adoração. Se forem aprovadas não vejo porque não serem usadas, mas se não devemos humildemente admitir o engano e abrir mão.
Como regra, temos que usar os princípios, dessa forma a cultura, idade, região, clima ou necessidade de modernização e tantos outros argumentos não sermão mais desculpas para permitir a satisfação do “EU” através da secularização do serviço á Deus!
Para quem deseja o auxílio de Deus para decidir que mudanças devem e podem ser feitas ou não deixo os textos bíblicos e do Espírito que me servem de metro para esse tipo de decisão:

E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:2)
Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.
O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco.” Filipenses 4:8
“Sempre tem havido duas classes entre os que professam ser seguidores de Cristo. Enquanto uma dessas classes estuda a vida do Salvador e fervorosamente procura corrigir seus defeitos e conformar-se com o Modelo, a outra evita as claras e práticas verdades que lhes expõem os erros. Mesmo em sua melhor condição a igreja não se compôs unicamente dos verdadeiros, puros e sinceros.” O Grande Conflito. Pág. 43
“A maior necessidade do mundo é a de homens - homens que se não comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus.” Educação, págs. 56 e 57.

Por: Augusto Oliveira

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